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O ataque à Venezuela é um ataque ao Brasil

Venezuela sob ataque, Brasil sob ameaça: a escalada de Trump no Caribe é um risco para toda a região

perspectiva de uma desestabilização da Venezuela, já concretamente posta no horizonte pelo ensaio de bloqueio naval que o governo Donald Trump impõe ao país, com navios de guerra e submarinos nas proximidades da costa venezuelana, além de milhares de soldados de prontidão, não é uma questão que diz respeito só à natureza do regime venezuelano, nem unicamente ao futuro dos venezuelanos – ela diz respeito ao futuro de toda a região, e assim deveria ser tratada pelos líderes latino-americanos.

As ações criminosas do governo norte-americano, que até aqui mataram quase uma centena de pessoas no Mar do Caribe, já têm impacto regional, na medida em que servem de ameaça e intimidação não só contra a Venezuela, mas contra todos os países da região, incluindo o Brasil. A atual campanha de desestabilização contra o país se sustenta em dois vetores retóricos: por um lado, a mentirosa tese de que o país seria um “narcoestado”; por outro, o de que seria uma ditadura.

Como demonstram diversos relatórios, inclusive da ONU e do próprio Departamento de Estado dos EUA, a Venezuela não só não é um corredor relevante do narcotráfico – a principal rota de tráfico para os EUA passa pelo Pacífico, não pelo Caribe – como também conseguiu, nos últimos quinze anos, se consolidar como um território livre do cultivo de folha de coca, maconha e processamento de cocaína.

Por outro lado, o uso do manto da “guerra contra as drogas” para encobrir ações militares criminosas e unilaterais por parte dos EUA deveria preocupar os brasileiros: ao contrário de nosso vizinho, o Brasil é uma das principais rotas de tráfico de drogas da América do Sul para a Europa, África e Ásia, e suas organizações criminosas, como o PCC e o CV, têm relações importantes com cartéis internacionais que operam ao menos parcialmente nos EUA.

De fato, cresce a pressão por parte dos EUA para que o Brasil classifique suas organizações criminosas como organizações terroristas, e há um projeto de lei (PL 1283/2025) no Congresso para expandir a conceituação de “terrorismo” na lei brasileira, incluindo nela a atuação de organizações criminosas e milícias privadas – o que ampliaria o espaço para o intervencionismo norte-americano em nosso país. Se a Venezuela, um país de pouca relevância no narcotráfico global, pode ser atacada sob a desculpa do combate ao narcotráfico, por que não poderia também o Brasil, que tem organizações criminosas muito mais relevantes a nível global que seu vizinho?

Além disso, os últimos meses demonstraram aos brasileiros, de forma inédita desde o golpe de 1964, tanto como o imperialismo utiliza a “democracia” para seus impulsos intervencionistas como o quanto a extrema-direita está disposta a aliar-se objetivamente aos interesses imperialistas nas suas disputas pelo poder interno – mesmo quando isso signifique tomar postura abertamente antinacional. Nesse sentido, sim, descobrimos que o Brasil “se tornou uma Venezuela” – não pela natureza do governo, mas pela natureza de sua oposição.

A atuação bolsonarista nos Estados Unidos por sanções e tarifas contra o Brasil e a adoção dessas medidas pelo governo norte-americano, buscando pressionar o governo brasileiro e o STF, foram uma constante por parte da oposição venezuelana nos últimos anos. Assim como os bolsonaristas atuaram nos últimos meses, junto ao governo Trump, pela aplicação de tarifas contra o Brasil, também fez a Assembleia Nacional opositora na Venezuela em 2016: em 23 de outubro daquele ano, declarando-se “em rebelião” contra o governo, o Poder Legislativo do país oficialmente fez um pedido a todos os organismos internacionais para que aplicassem sanções contra o próprio país.

É como se a infame campanha por tarifas contra o Brasil por parte de Eduardo Bolsonaro nos EUA não fosse uma campanha de um deputado, mas do Congresso brasileiro inteiro. Nunca é demais recordar que os efeitos das sanções não são focalizados nos líderes que elas em tese buscam atingir: um estudo da respeitada revista acadêmica The Lancet calculou em 38 milhões o número de mortos por sanções norte-americanas e europeias entre 1970 e 2021; também publicado na The Lancet, um outro estudo aponta que as sanções matam aproximadamente 564 mil pessoas por ano no mundo todo; e na Venezuela, somente entre 2017 e 2018, elas podem ter matado 40 mil pessoas. É dizer: Venezuela e Brasil têm em comum o fato de se enfrentarem com uma extrema-direita disposta a aliar-se ao imperialismo para matar seu povo.

Chama à atenção também como a crise de poderes na Venezuela em 2016, com a disputa entre Executivo, Judiciário e a Assembleia Nacional, é semelhante à recente crise de poderes no Brasil em torno do tema da anistia: como escrevia Monica Yanakiew então, “a nova Assembleia Nacional, de maioria opositora, aprovou uma lei de anistia e reconciliação nacional para libertar mais de 100 de seus líderes acusados de conspirar contra o governo ou incentivar a violência.

Maduro não só vetou a lei, como afirmou que o Parlamento carece de legitimidade porque desacatou uma ordem do Supremo Tribunal. O conflito de Poderes se deu quando três deputados oposicionistas, cuja eleição foi questionada pela Justiça, tomaram posse – apesar de a Justiça ter decidido o contrário. A oposição acusa o Judiciário de estar a serviço de Maduro e considera que a suspensão do referendo revogatório foi uma manobra para adiar a sua realização.” Hoje, os Estados Unidos, citando “preocupações com a democracia e a liberdade”, impõem tarifas ao Brasil, em conluio com a extrema-direita nativa, que as solicita. Se Trump pode movimentar navios de guerra e autorizar operações da CIA contra a Venezuela sob a fachada da defesa da democracia, porque não poderia fazê-lo também contra o Brasil? Mais importante do que dizer que os EUA mentem, seja sob a desculpa de “combater o narcotráfico e o terrorismo”, seja sob a fachada da defesa da democracia, é reconhecer que podem mentir sobre qualquer um.

Mas há mais razões pelas quais um ataque de Trump contra a Venezuela afetaria o Brasil. Qualquer ação militar contra a Venezuela imediatamente tensionaria os 2,2 mil km de fronteiras de nossos países, nos estados de Roraima e Amazonas – para que se tenha dimensão, trata-se de uma fronteira maior que a que separa Rússia e Ucrânia, de 1,9 mil km. A possibilidade de eventuais combates na proximidade das fronteiras dos países e especialmente o quase certo aumento do fluxo migratório obrigariam um reforço da presença militar brasileira na região – imaginar uma eventual operação de Garantia da Lei e da Ordem em tal cenário, e um fortalecimento da tutela dos militares frente ao governo, sempre auxiliada pelo atual ministro da Defesa, José Múcio, não é absurdo.

Na medida em que a guerra se instaurasse no país vizinho e a importância e peso das Forças Armadas aumentasse repentinamente na cena política brasileira, estaria desfeito todo o esforço do governo Lula, desde que tomou posse, para cozinhar a questão militar em banho-maria; ao mesmo tempo, o fato de não ter avançado nenhuma reforma relevante nas Forças Armadas restringiria, neste cenário, as opções estratégicas do próprio governo quanto a como atuar frente à agressão americana. Ou por acaso é lícito supor que os militares brasileiros aceitariam tranquilamente, por exemplo, reforçar as linhas logísticas de uma Venezuela sob ataque norte-americano, se esta fosse a decisão do presidente?

É provável ainda que uma agressão à Venezuela levasse a um cenário de guerra prolongada ou de guerra civil no país, tornando a necessidade de reforçar a presença militar do lado brasileiro mais perene.

O elemento mais importante da Defesa venezuelana do ponto de vista estratégico é a Milícia Nacional Bolivariana (MNB), braço de reserva e não-convencional integrado aos outros componentes da Força Armada Nacional Bolivariana, mas relativamente autônomo. Formada por voluntários, reservistas e civis, a MNB é voltada para o combate irregular num cenário de agressão ao país; é o componente responsável por tornar cada cidadão um possível combatente.

Como escreveu Euclides Vasconcelos nesta Revista Opera, “são grupos pequenos e destinados a funções concentradas, como a defesa de uma fábrica ou estrada de importância estratégica ou ainda, se necessário for, a destruição desta mesma fábrica ou estrada para evitar que caiam em mãos inimigas. Esse caráter concentrado equivale à noção de ‘vespeiro’ onde a população em armas é a responsável por importunar as forças inimigas onde quer que elas estejam. Assim, mesmo que as forças armadas do país sejam derrotadas, o processo de ocupação inimiga será por demais custoso.”

Em agosto, o presidente venezuelano Nicolás Maduro anunciou a mobilização de 4,5 milhões de tropas na MNB. O site venezuelano TalCual estimou o contingente em 700 mil; a CIA, entre 200 e 225 mil. Independentemente de qual seja a cifra real, estamos falando de centenas de milhares de venezuelanos comuns, dispostos e com preparo prévio para atuar no apoio às forças convencionais, como forças guerrilheiras ou clandestinamente em ações de sabotagem, assassinatos, atentados, etc.:

Significa dizer que qualquer um que busque ocupar militarmente o terreno venezuelano haverá de supor que sua retaguarda virtualmente está sempre prejudicada; que o inimigo pode ser qualquer um; o taxista, a aposentada, a camponesa, o indígena. Em resumo, a Milícia Nacional Bolivariana é quase uma garantia de que uma agressão em terra seria confrontada por uma guerra irregular de caráter prolongado. E mesmo que alcançasse o objetivo de implodir rapidamente o centro de poder do país, a perspectiva de uma guerra civil, possivelmente envolvendo grupos militares diversos, não seria tampouco descartável.

A probabilidade da instauração de um desses cenários impõe, a partir do campo militar, um provável esgotamento dos objetivos políticos de uma agressão à Venezuela – isto é, a exploração de suas reservas de petróleo, as maiores do mundo, estimadas em cerca de 303 bilhões de barris –, na medida em que a estabilidade da produção e especialmente do escoamento da commodity estaria ameaçada. O Cinturão de Orinoco, onde o grosso da reserva de petróleo venezuelano está localizada, cobre uma área de 55 mil quilômetros quadrados, se estendendo por quatro estados venezuelanos, com uma área produtiva disposta em 11,5 mil quilômetros quadrados. Por sua vez, a menor distância entre o campo e a costa caribenha em linha reta se estende por cerca de 140-160 quilômetros, oferecendo amplas oportunidades para ações de sabotagem.

Mapa do Norte da Venezuela, mostrando a Faixa Petrolífera do Orinoco (em vermelho) e suas quatro principais áreas: Machete, Zuata, Hamaca e Cerro Negro. (Fonte: Definition of a 3D Integrated Geological Model in a Complex and Extensive Heavy Oil Field, Oficina Formation, Faja de Orinoco, Venezuela – Jean-Paul Bellorini, Jhonny E. Casas, Patrick Gilly, Philippe Jannes, Paul Matthews, David Soubeyrand e Juan Carlos Ustariz)

Mapa do Norte da Venezuela, mostrando a Faixa Petrolífera do Orinoco (em vermelho) e suas quatro principais áreas: Machete, Zuata, Hamaca e Cerro Negro. (Fonte: Definition of a 3D Integrated Geological Model in a Complex and Extensive Heavy Oil Field, Oficina Formation, Faja de Orinoco, Venezuela – Jean-Paul Bellorini, Jhonny E. Casas, Patrick Gilly, Philippe Jannes, Paul Matthews, David Soubeyrand e Juan Carlos Ustariz)

O Brasil como mediador
Não parece casuístico que a “química” entre Trump e Lula tenha surgido no mesmo momento em que as operações norte-americanas no Caribe avançavam, nem que Trump tenha reduzido as tarifas contra o Brasil ao mesmo tempo em que desloca o maior porta-aviões do mundo para o Caribe: a irresistível “química” parece ter outro nome; Venezuela. O ataque tarifário ao Brasil e o ensaio de cerco naval à Venezuela se coadunam em dois sentidos: num deles, os ataques ao vizinho relembram ao Brasil tarifado até onde os EUA podem ir, estimulando que o governo Lula se disponha à negociação; no outro, as tarifas servem de alavanca para que o Brasil adote uma postura mais amigável a Washington na questão venezuelana, com a retirada das tarifas servindo como estímulo.

Durante os governos Bush (2001-2009) e os dois primeiros mandatos de Lula (2002-2010), o Brasil se posicionou como um mediador nas relações entre EUA e Venezuela, buscando – e em boa medida conseguindo – restringir as tensões entre os países. Efetivamente, a diplomacia brasileira usava as posições antiimperialistas venezuelanas e seu ensejo integracionista, que avançava na forma de parceria com países latino-americanos, especialmente no Caribe e na América Central, como forma de se credenciar com os EUA como um parceiro alternativo na região – o que incluiu algum nível de coordenação do Brasil com os EUA sobre a Venezuela, com o Brasil atuando por vezes como garoto de recados de Washington. Lula manteve boas relações comerciais e diplomáticas com Chávez, mas buscou também se diferenciar e superar a influência do líder bolivariano na região, e houve episódios de tensão entre os países: como nas críticas venezuelanas às parcerias Brasil-EUA em torno do etanol e a convocação do embaixador venezuelano após Chávez criticar o Congresso brasileiro.

Hoje, o espaço para a mediação é muito menor. Não só pelas “tensões” já envolverem ações militares e a promessa de uma intervenção direta, mas também porque o Brasil, no terceiro mandato de Lula, vem fustigando a Venezuela com recorrência, como se viu na posição adotada pelo governo após as eleições venezuelanas e no veto à entrada do país no BRICS. Assim, qualquer mediação brasileira deverá ser vista pela Venezuela com um pé atrás, e com razão: o Brasil adotou tais posições, afinal, sem as pressões de Trump; que estaria disposto a fazer sob elas?

Ao fim, seja qual forma ele termine por tomar, o ataque à Venezuela é um ataque ao Brasil, não só na medida em que é uma demonstração do que o império poderia fazer contra nós, mas também na medida em que nos influencia direta e gravemente – inclusive com efeitos na cena política interna do Brasil.

O governo Lula até pode buscar agir como mediador, mas mesmo isso exige tomar uma postura clara de solidariedade prática com a Venezuela – o país agredido unilateralmente por Trump, não o agressor – e contra o intervencionismo que, afinal, também atinge o Brasil. Qualquer afabilidade com uma agressão imperialista a qualquer país da região, além de ser vista como a traição que efetivamente seria por todos os outros países, na prática estimulará o intervencionismo trumpista também contra o Brasil, quando o momento lhe convir.

*Pedro Marin/Opera Mundi


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Julia Zanatta envia R$ 396 mil em emenda pix para obra em praça com nome do avô

Deputada insistiu na liberação dos recursos, mesmo com primeiro plano de trabalho recusado

A deputada federal Júlia Zanatta, que tem uma das suas emendas Pix na mira do Tribunal de Contas da União por suspeita de direcionamento ao clube de tiro de um amigo, passou pelo menos a metade do ano tentando carimbar recursos do orçamento público para reformar uma praça que leva o nome do seu avô. Inicialmente recusado pelo Ministério dos Esportes, o plano de trabalho foi aceito em novembro pelo Ministério das Cidades.

A verba foi direcionada ao município de Morro da Fumaça, no extremo sul de Santa Catarina, com a finalidade específica de revitalizar e requalificar a Praça Vereador Fernando Zanatta. A praça possui 1.150 metros quadrados e fica localizada no centro da cidade, que tem cerca de 19 mil habitantes.

O investimento tem valor global maior do que o fundo municipal da saúde destinou, em 2025, para serviços de saúde em atendimento e acompanhamento ambulatorial de pacientes em reabilitação atendidos pela Apae.

Júlia Zanatta e a direita que desistiu do homem comum

Para essa finalidade, a prefeitura investe cerca de R$ 236 mil. A soma também ultrapassa o investimento previsto na cidade de Araranguá, próxima de Morro da Fumaça, para a construção de um espaço cultural na Praça Hercílio Luz, que terá um custo de R$ 258 mil.

Em agosto, a deputada solicitou os recursos junto ao Ministério dos Esportes, mas o plano foi reprovado e considerado impedido. O registro oficial apontou que era necessário complementar dados, como por exemplo o objeto e as metas, e ressaltou que só haveria aprovação se a reforma envolvesse equipamentos de esporte. Uma semana depois, foi devolvido sem a liberação dos recursos.

A proposta de uso do orçamento público federal indicada pela deputada foi reformulada e alocada no Ministério das Cidades, no programa de manutenção de espaços públicos. O método de dar mais transparência às emendas Pix, que antes compunham o chamado orçamento secreto popularizado pelo governo Jair Bolsonaro, foi consolidado a partir da ADPF 854 do Supremo Tribunal Federal, que ordenou novas regras de transparência e rastreabilidade para o dinheiro público alocado pelos parlamentares.

O plano de trabalho da reforma da praça prevê a execução do projeto em três anos, mas não há registros de contratos ou de abertura de licitação específica para a obra selecionada pela deputada. A ordem de pagamento foi emitida no último dia 3 de dezembro e aguarda uma assinatura. A proposta prevê como objeto de execução áreas de lazer e estruturas para atividades físicas em espaços públicos.

Fernando Zanatta, o avô de Júlia, tem um busto localizado no meio da praça. Em maio de 2021, antes de assumir o mandato, ela postou uma imagem do local no seu Facebook. “Meu avô foi o primeiro presidente da Câmara. E nessa praça está o casarão em que minha avó, Santa Guglielmi Zanatta morou”, registrou.

Este ano, além do recurso da parlamentar, o município recebeu uma emenda de R$ 792 mil do primo da deputada, Ricardo Guidi, para pavimentação da Avenida Tranquilo Pellegrin. A verba ainda não começou a ser executada.

 

*ICL


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Quem está mais encrencado com a Polícia Federal, Claudio Castro, alcolumbre ou Bacellar?

O Brasil já sabe de cor a relação de Claudio Castro com TH Joias, assim como Rodrigo Bacellar, formando uma espécie de trisal entre crime organizado, presidência da Alerj e o governo do estado do Rio.

É o submundo do crime no controle institucional das maiores esferas de poder do estado fluminense. Mas não são só eles os emparedados com o futuro que será decidido pela justiça brasileira.

Alcolumbre, segundo a PF, foi alimentado com canetas de mounjaro por Beto Louco. De acordo com relatos, tanto Beto Louco quanto TH Joias fazem parte do crime organizado, mais precisamente do CV.

O conteúdo dos três celulares de Rodrigo Bacellar, pegos pela PF no dia 3, junto com uma mochila com mais de R$ 90 mil, como quem carrega troco de bala, será decisivo para o seu destino e de muitos outros aliados, sobretudo do PL de Bolsonaro.

O que os três celulares revelarão, só Deus sabe, pois foi através do celular de TH Joias que a polícia descobriu uma ligação dele para o presidente da Alerj, que o instruiu a sumir com todas as provas que tinha em casa, se sofresse uma devassa dos agentes da PF.

Ou seja, o caso é sério e, para piorar para Claudio Castro, a PF descobriu que o governador do Rio, às pressas, assinou um ato que obrigou o Diário Oficial do estado a publicar uma edição extraordinária.

O caso de ALcolumbre é tão ou mais complicado, pois foi confirmada pelo seu motorista a entrega de Beto Louco para o presidente do Senado.

Claro, esses assuntos explodiram, ná mídia, nas redes e nas ruas.

Daí o plano bolsonarista de dominar o Senado e fazer o impeachment de ministros do STF, que Gilmar Mendes impediu, deixando Alcolumbre foribundo.

A sala subterrânea do presidente da Alerj, do governador do Rio e da presidência do Senado devem seguir sendo investigadas pela PF para saber como funciona e quais são as palavras-chave e as pessoas mais importantes nessa escala de poder, envolvidas até o talo com o crrime organizado, enquanto os titulares das principais cadeiras posam para os holofotes da mídia como vestais da Segurança Pública brasileira.

Uma coisa é certa, o chão para Claudio Castro, alcolubre e Bacellar, está mole. Se ficarem parados, afundam, se deram um passo, afundam também.


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Bolsonaro decide quem será o candidato à Presidência da República

O ex-presidente, preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, já comunicou sua decisão a Tarcísio de Freitas

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, bateu o martelo e decidiu que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), seu filho mais velho, será o candidato do PL à Presidência da República. As informações são do Metrópoles.

Todo o círculo político de Jair Bolsonaro já foi informado de sua decisão. Com isso, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que tem ganhado protagonismo no cenário político, deve concorrer ao Senado pelo Distrito Federal.

Segundo Forum, Bolsonaro avalia que Flávio deve ganhar força a partir do momento em que se apresentar como pré-candidato ao Palácio do Planalto. Dessa maneira, o senador deve abraçar uma agenda nacional.

O ex-presidente também avalia que Flávio Bolsonaro terá dois importantes palanques: em São Paulo, com o governador Tarcísio de Freitas, e no Rio de Janeiro, com Cláudio Castro.

A vice de Flávio Bolsonaro deve ser ocupada por um partido de centro. O objetivo é vender a imagem de moderação e atrair apoio de setores econômicos.

Tarcísio de Freitas foi comunicado
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que vinha adotando uma postura de pré-candidato à Presidência da República, já foi informado sobre a decisão do ex-presidente de escolher Flávio Bolsonaro como o postulante da extrema direita ao Palácio do Planalto.

Quem levou a informação a Tarcísio foi o próprio Flávio Bolsonaro. Com isso, o governador de São Paulo deve buscar um novo mandato à frente do Palácio dos Bandeirantes.


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Vídeo: Eduardo Bolsonaro desvirtua Muro das Lamentações e deixa bilhete inusitado

Filho do ex-presidente condenado foi a Jerusalém e usou o local sagrado para os judeus como “quadro de avisos”

Em mais um episódio que mistura performance política e constrangimento internacional, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está em Israel, decidiu transformar o Muro das Lamentações, em Jerusalém, um dos locais mais sagrados do judaísmo, em palco para um pedido pessoal: “Solta o Bolsonaro”.

O bilhete, deixado nas fendas do muro nesta quinta-feira (4) e exibido em vídeo, virou motivo de críticas por reduzir um espaço de oração e memória histórica a um post-it político.

O Muro das Lamentações — último vestígio do Segundo Templo e destino de peregrinação de judeus de todo o mundo — é tradicionalmente usado por fiéis para deixar orações, pedidos de saúde, paz e proteção. A escolha de Eduardo de utilizá-lo como instrumento de pressão pela libertação de Jair Bolsonaro foi vista como desrespeitosa e, para muitos, caricata, especialmente pela total desconexão entre o simbolismo do local e a agenda familiar do deputado.

O gesto surge após quase um ano em que Eduardo Bolsonaro passou a viver nos Estados Unidos, em um lobby junto a integrantes do governo de Donald Trump que visa coagir o judiciário e governo brasileiro para livrar seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, da prisão. De acordo com a Forum, a ofensiva, no entanto, não produziu qualquer resultado concreto: Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, já começou a cumprir pena em regime fechado e os governos do EUA e Brasil já iniciaram uma reaproximação.

Eduardo e criminoso de guerra
O ainda deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) segue colecionando vexames pelo mundo. Em visita a Israel, o filho do ex-presidente condenado se reuniu com Yuval Vagdani, soldado que fugiu do Brasil, em janeiro de 2025, após a Justiça Federal determinar investigação da Polícia Federal (PF) contra ele por crimes de guerra cometidos contra palestinos em Gaza.

Segundo publicação do militar das Forças de Defesa de Israel (FDI), os dois conversaram, trocaram presentes e discutiram sobre o povo israelense.

No início do ano, documentos apresentados pela Fundação Hind Rajab (HRF) incluíram vídeos, dados de geolocalização e mensagens postadas pelo soldado nas redes sociais. Em uma delas, Vagdani teria escrito: “Que possamos continuar destruindo e esmagando este lugar imundo sem pausa, até os seus alicerces”.

Em nota, à época, o governo israelense criticou a ação judicial brasileira, acusando a HRF de explorar “de forma cínica os sistemas legais para fomentar uma narrativa anti-Israel”. A entidade atua denunciando crimes contra a humanidade, crimes de guerra e violações de direitos humanos praticados na Palestina.

Entre as acusações, o militar das FDI foi apontado como tendo participado da demolição de um quarteirão residencial em Gaza, que servia como abrigo para palestinos deslocados durante o genocídio provocado por Israel. O caso configuraria crime de guerra.

A solicitação para que Vagdani fosse investigado quando ele estava no Brasil se baseou no Estatuto de Roma, do qual o Brasil é signatário, e que criou o Tribunal Pena Internacional (TPI).

Porém, com ajuda da embaixada israelense no Brasil e do Mossad, o serviço secreto de Israel, o soldado fugiu do Brasil antes que qualquer providência fosse tomada pela PF. Ele estava na Bahia, de férias, e viajou rapidamente para a Argentina, onde foi recebido pela representação diplomática de seu país e enviado para Israel.


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Política

Em confronto com Gilmar Mendes, Senado prepara nova lei sobre impeachment de ministro do STF

Proposta apresentada por comissão de juristas está parada desde 2023 por causa de pontos polêmicos

O Senado prepara uma nova lei sobre crime de responsabilidade de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e outras autoridades — como o presidente da República — para rebater a decisão de Gilmar Mendes que blindou os ministros contra processos de impeachment, ao elevar o quórum para afastá-los e tornar uma prerrogativa exclusiva do procurador-geral da República (PGR) a apresentação de pedidos contra eles.

Esse projeto foi apresentado em 2023 pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), após uma minuta ser formulada por equipe liderada pelo então ministro do STF e hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. A proposta foi debatida ao longo daquele ano, mas desde agosto de 2023 está parada.

De acordo com integrantes da cúpula do Senado, a estratégia do presidente Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) é colocar este projeto em votação ainda antes do recesso parlamentar. Ele conversou com o senador Weverton Rocha (PDT-MA), relator da proposta, para que o parecer seja apresentado em breve.

O projeto ficou parado por causa de pontos polêmicos, como impor um prazo para que o presidente da Câmara dos Deputados decida se aceita a denúncia por crime de responsabilidade contra o presidente da República. Atualmente, ele pode ficar com o processo na gaveta, sem arquivar ou aceitar a representação.

Além disso, o texto amplia o rol de autoridades sujeitas a serem processadas por crime de responsabilidade, incluindo juízes, desembargadores e integrantes do Ministério Público. Outro ponto polêmico é conferir a partidos políticos, sindicatos e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a possibilidade de apresentar denúncias contra autoridades.

Senadores dizem que a expectativa é de que o texto seja debatido na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) na próxima semana. A Folha não conseguiu contato com Rocha. A ideia é que a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) apresentada pela oposição para permitir que qualquer cidadão possa solicitar o impeachment dos ministros não seja debatida, já que o plano é atualizar a lei de 1950.

Outras propostas que a oposição tenta retomar são as PECs para limitar as decisões monocráticas (individuais) no STF e para permitir que o Congresso suspenda julgamentos da corte. Porém, parte da Câmara afirma que o ideal é avançar com o projeto de lei que regulamenta este tipo de decisão dos ministros e restringe os partidos com acesso ao Supremo, aprovado esta semana pela Casa.

Gilmar Mendes age na contramão da democracia, afirma deputado | Partido dos  Trabalhadores

A reação do Congresso ocorreu após Gilmar declarar parte da Lei do Impeachment inconstitucional. Ele proibiu que cidadãos comuns peçam ao Senado o impeachment dos ministros e disse que isso é uma competência exclusiva do procurador-geral da República.

Além disso, ele aumentou o quórum para aprovar o impeachment. Pela lei, é necessário o apoio da maioria simples dos votantes. Gilmar igualou ao afastamento do presidente da República, que exige o voto favorável de dois terços do Senado — 54 dos 81 senadores.

Nesta quinta, Gilmar defendeu sua decisão em evento em Brasília. “As pessoas dizem: mas por que liminar? Estou lhes dando as razões. Com tantos pedidos de impeachment, com as pessoas anunciando que farão campanhas eleitorais para obter maioria no Senado para fazer o impeachment”, afirmou.

O ministro Flávio Dino o apoiou e disse que nunca houve tantos pedidos de impeachment. “Espero que esse julgamento sirva como estímulo ao Congresso Nacional para legislar sobre o assunto”, disse. “Basta lembrar que o campeão é apenas um ministro: Alexandre de Moraes. Então, ou se cuida de um serial killer ou se cuida de alguém que está sendo vítima de uma espécie de perseguição, de uma chantagem”.

As falas foram criticadas por congressistas. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), foi um dos poucos no Congresso a defender a decisão. Para ele, o impeachment dos ministros “não pode ser convertido em instrumento de intimidação, retaliação ou coerção política contra o Poder Judiciário” e há um plano da direita para intimidar o Supremo, ao formar maioria no Senado.

Uma ala majoritária do governo avalia que o debate sobre impeachment de ministros tira a sucessão no STF do foco e permitirá ao Palácio do Planalto realinhar sua relação com o Senado. Há, inclusive, quem defenda um gesto de solidariedade de Lula a Alcolumbre para desobstruir os canais de comunicação, interrompidos após o petista indicar Jorge Messias para a vaga no Supremo, preterindo Pacheco.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, viajará com Alcolumbre para o Amapá nesta sexta (5), para anúncio de programas federais. Aliados de Lula afirmam que a conversa com o presidente do Senado pode ocorrer já na próxima semana, antes do recesso, embora a votação para o novo ministro do STF deva ficar para 2026.

No entanto, a crítica do petista às emendas parlamentares em evento com empresários e integrantes da sociedade civil nesta quinta (4) aumentou a tensão entre os dois Poderes.

“Não concordo com as emendas impositivas. Eu acho que o fato de o Congresso Nacional sequestrar 50% do Orçamento da União é um grave erro histórico. Mas você só vai acabar com isso quando mudar as pessoas que governam e que aprovam isso”, declarou o petista, durante a sexta reunião do “Conselhão”.

A fala incomodou deputados e senadores da base aliada que estavam no plenário da Câmara dos Deputados para uma sessão do Congresso. Um deputado ligou para o secretário especial de Assuntos Parlamentares da SRI (Secretaria de Relações Institucionais), André Ceciliano, e repassou o telefone para o presidente do Senado.

Segundo parlamentares, Alcolumbre questionou, em frente aos demais, “que sequestro” seria este, já que estava trabalhando para aprovar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) como queria o governo e ainda atuando para ajudar os Correios, com uma mudança na meta fiscal que permite que o Executivo não tenha que cortar despesas para compensar o prejuízo maior que a estatal deve registrar em 2026.

*Por Raphael Di Cunto, Caio Spechoto, Catia Seabra e Carolina Linhares/ICL


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Brasil Mundo

Lula recebe alerta da Abin e da PF sobre movimentos de Trump; entenda

O relatório “Desafios de Inteligência – Edição 2026”, produzido pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência), alerta que o avanço do crime organizado transnacional, combinado as fragilidades institucionais e interferência externa, ameaça a autonomia política da América Latina. O documento afirma que essas vulnerabilidades podem ser usadas como justificativa para intervenções sob o argumento de combater o “narcoterrorismo”.

A agência aponta que sua função é assessorar o presidente com informações estratégicas em áreas como fronteiras, terrorismo e narcotráfico. “A região enfrenta pressões por alinhamentos e está exposta à interferência de potências estrangeiras, que exploram fragilidades internas — como dissidências políticas e o avanço do crime organizado — sob pretextos securitários (como o ‘narcoterrorismo’) para minar a soberania e a autodeterminação política”.

Segundo a coluna de Paulo Cappelli no Metrópoles, embora o texto não cite Venezuela ou Estados Unidos, a Abin manifestou ao Planalto preocupação com movimentos de Washington. A Polícia Federal compartilhou avaliação semelhante com o presidente Lula.

Para integrantes da cúpula da PF, há supostos interesses financeiros dos EUA por trás de ofensivas militares recentes na região. A Abin relaciona esse cenário a episódios em que tensões internas se sobrepõem a disputas por recursos estratégicos e ao aumento de pressões políticas, econômicas e militares de potências estrangeiras sobre governos que buscam autonomia.

Nos últimos meses, os EUA realizaram bombardeios no Caribe contra embarcações atribuídas ao narcotráfico e elevaram o tom contra a Venezuela. O presidente Donald Trump afirmou que ataques terrestres podem ocorrer “muito em breve”, citando críticas ao regime de Nicolás Maduro e ao que chama de “narcoterrorismo”.

A Abin acredita que maior integração regional ajudaria a reduzir vulnerabilidades e equilibrar forças diante de potências externas.

O relatório alerta ainda para o risco de militarização indireta da Amazônia. De acordo com o DCM, a agência aponta que argumentos ambientais podem ser usados como pretexto para intervenções, sobretudo em áreas sensíveis e ricas em recursos naturais. Esse movimento, segundo o documento, amplia preocupações sobre soberania territorial.


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Política

O bolsonarismo está em acelerada decomposição

Não há qualquer surpresa na decomposição instantânea do bolsonarismo que aconteceu em três parcelas: em 2022, quando Bolsonaro perdeu a eleição para Lula, quando foi condenado a 27 anos de prisão e, agora, que ficará definitivamente em regime fechado.

Lógico, tudo isso era previsto pelo próprio clã, que caiu em desgraça, junto com o próprio líder da falange.

Na verdade, o bolsonarismo nunca foi ideológico, sempre teve um discurso reacionário para justificar a criação de uma federação de oportunistas da pior espécie. É o inferno do inferno, é o poço além do fundo, é a total falta de um cisco de caráter, de verdade, de projeto político, que fará projeto para o país.

Não sobrará poeira do bolsonarismo que foi mantido com muita grana e muitos interesses quando Bolsonaro se tornou presidente. Não tendo mais vantagens a oferecer aos correligionários do submundo do crime, que se encontram órfãos e, juntos, transformaram-se em presas fáceis para a Polícia Federal, Receita e Ministério Público que, quase todos os dias, é anunciada a prisão de algum bolsonarista por um naco de alguma forma de crime organizado, que chegou chegando ao poder sob a bênção de Bolsonaro.

Em 2026, quase não haverá vestígio de bolsonarismo nas eleições de outubro. Aliás, assim como Tarcísio, os atuais bolsonaristas, que ainda sobrevivem da rapa do tacho, farão declarações públicas negando qualquer relação com o condenado, digo, aqueles que ainda não estiverem presos, porque crime, com certeza, cometeram muitos.

E não se elegendo, perderão a imunidade e terão que se ajoelhar no milho na sala da justiça.

A realidade é que, essa Michelle esfuziante, pelo desprezo que trata a prisão de Bolsonaro, é emblemática, porque tal desprezo já está sendo condição sine qua non para quem está tentando correr do buraco que Bolsonaro está enfiado.


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Política

Claudio Castro entra na mira da Polícia Federal

As relações incestuosas entre o fornecedor de armas para o Comando Vermelho e o PL, partido de Bolsonaro, e a facção criminosa, parece que tem conexões não em um único lugar como a Alerj, tudo indica que há uma ligação de Claudio Castro na proteção ao Comando Vermelho.

Para os investigadores da Polícia Federal, ato do governador do RJ teria ajudado a manter elos de políticos com a facção.

Segundo o Estadão, que procurou o governo do RJ e a Alerj, o jornal aguarda retorno.

O que realmente está na mira da PF, e é considerada a primeira digital do chefe do estado fluminense, é o despacho do governador Claudio Castro sobre os tentáculos do Comando Vermelho dentro do Palácio Guanabara.

O ato, assinado por Castro, de estalão, obrigou a publicação de uma edição extraordinária do Diário Oficial do estado em 3 de setembro deste ano, na tarde do dia em que o ex-deputado TH Joias, Thiego Raimundo dos Santos Silva havia sido preso pela PF por lavagem de dinheiro, compra de armas e drones e relações pessoais suspeitas com o cefe da facção.

Nesse mesmo per[iodo, Claudio Castro exonerou às pressas o então secretário estadual de Esporte e Lazer, Rafael Picciani.

Com a prisão do suplente na manhã de 3 de setembro, Rafael Picciani formalizou o pedido pela sua exoneração da secretaria, tendo sido acolhido pelo governador Claudio Castro exatamente para garantir o afastamento imediato de TH Joias.

A manobra, segundo fontes ouvidas pelo Estadão, tinha como objetivo forçar a saída do cargo de TH Joias, evitando assim que a Alerj fosse obrigada a votar a manutenção ou relqaxamento da prisão, como mandam as regras do estado.

No dia de toda a movimentação, Castro foi às redes sociais falar sobre a manobra, hoje, vista como suspeita pela Polícia Federal. Disse ele:

“Por minha determinação, o deputado estadual, Rafael Picciani está retornan do ao seu mandato na Assembleia Legislativa, ele substitui o deputado estadual TH Joias, preso hoje em ação conjunta das Polícias, Civil, Federal e Ministério Público.”

Detalhe, o governador Claudio Castro aparece ao lado de TH Joias em fotos pela internet.

Moraes, que determinou a prisão de Rodrigo Bacellar, presidente da Alerj, nesta terça (3), dá a entender que todo o trâmite endossado e assinado por Castro, tenha relação com a necessidedade degarantir votos para 2026.

Por fim, Moraes determinou ao governo do Rio o fornecimento de todas as informações de acesso aos sistemas oline oficiais que tramitaram documentos referentes à exoneração de Picciani do cargo de secretário de estado, com horário, usuário responsável, logins de acesso e demais formas de acessos disponíveis.

Moraes mandou ainda que a imprensa oficial do estaqdo forneça dados e horários referentes ao pedido para a criação da edição extraordinária do dia 3 de setembro.


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Política

Moraes nega pedido de Carlos para visitar Bolsonaro

Ministro mantém regras da PF e impede encontro no aniversário do vereador

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu negar o pedido apresentado por Carlos Bolsonaro para visitar o pai, Jair Bolsonaro, atualmente detido na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília. De acordo com Otávio Rosso, 247, o vereador havia solicitado um encontro excepcional com Bolsonaro no próximo domingo (7), data em que completa aniversário.

A defesa argumentou que Carlos não conseguiria comparecer na visita previamente autorizada para terça-feira (2), devido a uma viagem. Por isso, requereu que o encontro fosse transferido para 7 de dezembro, quando o parlamentar celebraria mais um ano de vida.

O pedido afirmava que a mudança teria caráter humanitário, destacando: “Relator, requer-se apenas a alteração da data para dia 07 de dezembro de 2025 (domingo), coincidindo com o aniversário do filho, o que reforça o caráter humanitário e a pertinência da adequação ora pleiteada”.

Regras da PF impedem exceção
Moraes, entretanto, manteve o calendário regular previsto pela Portaria 1.104/2024 da Superintendência da PF no Distrito Federal. O ministro frisou que as normas devem ser integralmente seguidas no cumprimento da pena do ex-presidente, mantido em sala de Estado-Maior.

Em sua decisão, Moraes registrou: “Ressalto, ainda, que o cumprimento da pena privativa de liberdade de Jair Messias Bolsonaro, em sala de Estado Maior nas dependências da Superintendência da Polícia Federal, deve seguir as regras previamente estabelecidas de visitação”.

A regulamentação prevê que familiares só podem visitar Jair Bolsonaro às terças e quintas-feiras, das 9h às 11h, por trinta minutos, com limite de duas pessoas por dia — e sempre de forma individualizada.

Visita anterior já havia sido autorizada
No início da semana, Moraes permitiu que Carlos e Flávio Bolsonaro visitassem o pai na terça-feira (2). A defesa, porém, explicou que Carlos estaria impossibilitado de comparecer e insistiu na remarcação para um domingo, o que contraria expressamente o protocolo da PF.

O episódio ocorre em meio a outros desdobramentos envolvendo Carlos Bolsonaro, que é investigado por suposto envolvimento com uma estrutura de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do pai — caso que motivou diligências da PF em janeiro de 2023.


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